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quinta-feira, 21 de abril de 2011

O significado da semana Santa

   
    O mistério de Cristo, celebrado intensamente na Páscoa, nos faz pensar se temos sido capazes de mudar nossa cruz de cada dia em ressurreição definitiva. Ao pé da cruz redentora do Senhor encontramos força e razão para seguir à frente. Faz-nos bem reconhecer o testemunho de quantos nos legaram o exemplo da fidelidade à Cruz. Isto nos dá coragem para assumir, com audácia e ternura, a obra da evangelização nesta aldeia global, onde o amor não recebe atenção adequada.
     “Alegraram-se os discípulos ao verem o Senhor” (Jo 20,20).
    Aproxima-se a Semana Santa e vamos ter diante dos olhos os grandes sofrimentos de Cristo. Prenderam-no e escarraram em seu rosto, deram-lhe bofetadas, rasgaram seu corpo com um terrível chicote e coroaram-no com espinhos, isto é: colocaram em sua cabeça uma espécie de capacete com fortes espinhos que, furando a pele, tentavam penetrar em seu crânio. Mas, apesar de tudo, Jesus levou a sua cruz até o alto do Calvário. Lá, com as mãos e os pés traspassados, após três horas de terrível agonia, expirou.
E nos perguntamos: por que Jesus sofreu? E vem logo a resposta da Bíblia: para obter para a humanidade o perdão dos pecados. O pecado é de uma gravidade terrível, de uma malícia sem limites. É a ofensa a um Deus imensamente santo, é revolta contra o criador que nos cumulou de bens. A Cruz de Cristo foi a reparação necessária pelos nossos pecados.
    Entretanto, tantas pessoas pensam que Nosso Senhor sofreu simplesmente para que pudéssemos afastar de nossas vidas os constrangimentos, problemas e dores. A Fé seria uma espécie de pára-raios, a garantia de uma existência suave, sem maiores transtornos. E, se lhes parece uma doença ou outra dificuldade, logo multiplicam promessas. E, se o sofrimento não desaparece logo, perdem a Fé. Vão logo afirmando: “Para que orar? Deus não ouve as minhas preces. Não adianta orar”.
    Ó, como gostaria de deixar bem clara esta verdade! Cristo sofreu não para arrancar toda a cruz de nossas vidas, mas para dar-nos a força de levar esta cruz. Jesus não é uma espécie de seguro contra as dificuldades da existência, mas sim alguém que leva conosco a nossa cruz. Dá-nos a força de carregá-la, mas não a arranca, deixa-nos com ela. É o Cireneu ao nosso lado. Diz a Sagrada Escritura: “Era necessário que o Filho do Homem sofresse muito, mas depois ressuscitasse” (Mc 8,31). Para cada um de nós, com toda a verdade, podemos repetir as palavras da Bíblia. E como Jesus é claro neste ponto. Ele diz: “Se alguém quiser ser meu discípulo, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me” (Mt 16,24).
    Mas então não posso pedir a Deus que me cure desta doença, resolva para mim este problema ou afaste aquele sofrimento? É claro, Deus é Pai. Ama-nos com um amor imenso, infinito. Está sempre pronto a socorrer-nos. Jesus também, no Jardim das Oliveiras, suplicou ao Pai que o livrasse da Paixão. Orou assim: “Meu Pai, se é possível, afaste-se de mim este cálice”, (na linguagem aramaica, esta expressão significa livrar do sofrimento). Mas logo acrescentou: “Todavia não se faça o que eu quero, mas, sim, o que tu queres” (Mt 26,39). Entregou-se completamente aos desígnios divinos. Como Jesus acrescentemos às nossas preces sempre um ato de aceitação do plano de Deus.
     Muitas vezes, os sofrimentos são necessários, indispensáveis em nossa vida. Desapegam-nos dos prazeres mundanos, mostram-nos as realidades celestes, satisfazem pelos nossos pecados, iluminam as estradas da nossa vida e são preciosas oportunidades de méritos para a vida futura. Nunca Deus permite um sofrimento à toa em nossa vida, Deus quer sempre o nosso bem. Se, depois de nossas orações, Ele não afasta do nosso caminho uma doença ou outra dificuldade é porque deseja a nossa verdadeira felicidade. Confiemos sempre em seu amor de pai. Abracemos, portanto, com generosidade a nossa cruz.
Padre Paulo Dionê Quintão - Pároco
Foi por você!

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Fotos chá de mulheres

Olá! Abaixo seguem algumas fotos da última ministração do nosso ministéio. As fotos foram tiradas antes da nossa ministração. Não tivemos como trazaer fotos durante a mesma devido a ausência de outra câmera, mas nós temos o vídeo de ministração. Quem quiser, poderá ver na seção de vídeo deste blog.

domingo, 10 de abril de 2011

A dança litúrgica como louvor



Salmo 150 - Aleluia! Louvai a Deus no seu santuário; louvai-o no firmamento obra do seu poder Louvai-o pelos seus poderosos feitos; louvai-o consoante a sua muita grandeza. Louvai-o ao som da trombeta; louvai-o com saltério e com arpa. Louvai-o com adufe e danças; louvai-o com instrumentos de cordas e com flautas. Louvai-o com címbalos sonoros; louvai-o com cimbalo retumbante. TODO SER QUE RESPIRA LOUVE AO SENHOR. Aleluia!

Embora encontramos várias passagens na Bíblia sobre a dança como louvor a Deus, como a passagem de Mirian por exemplo em Êxodo 15:20-21 e a de Davi em 2 Sam. 6:14 eu ainda tenho como passagem predileta para fazer uma dança litúrgica o salmo 150, não só pela claridade de nos mostrar que devemos louvar também com danças, mas principalmente pela frase final. TODO SER QUE RESPIRA LOUVE AO SENHOR.

A respiração foi o primeiro presente que Deus nos deu como diz em Gênesis 2.7: "Então, formou o senhor Deus ao homem do pó da terra e lhe SOPROU nas narinas o FÔLEGO de vida, e o homem passou a ser alma vivente". É com base nessa respiração, um presente de Deus, que tento levar a dança na igreja. Ou seja respeitando a respiração de cada pessoa que dança pela sua individualidade de ser único diante de Deus.

A dança na igreja vem dos tempos antigos. Os judeus por exemplo tinha uma prática muito profunda da dança ainda cultivada até hoje dentro dos grupos tradicionais. As danças deles embora não fossem mencionadas eram usadas em quase todos serviços de adoração e de expressão comunitária. Nos Estados Unidos é muito comum se falar em Liturgical Dance (dança litúrgica)

O que é a dança litúrgica?

Bem, Litúrgico na raiz quer dizer: Algo que as pessoas fazem juntas; na religião quer dizer pessoas que se juntam para expressar sua fé. É por isso que eu gosto mais desse nome para as danças na igreja pois quando dançamos para louvar a Deus estamos juntos expressando nossa fé em Cristo.

Mas ao mesmo tempo que louvamos a Deus com danças, temos que tomar cuidado para saber se nossa dança está realmente louvando a Deus ou simplesmente satisfazendo os "coreógrafos da igreja", pois se por um lado a dança litúrgica é uma expressão da fé junta, por outro lado dependendo de como essa dança foi coreografada, corre-se o perigo de estar louvando o coreógrafo.

Posso falar disso muito bem pois vim de uma profissão onde fui coreógrafa da dança moderna por muitos anos. Hoje sou coreógrafa da dança litúrgica. Fiquei muito triste depois de 12 anos fora do meu país voltar e ver que muitas igrejas estão transformando o púlpito em um teatro.

A dança litúrgica não é para ser dançada como se o púlpito fosse um teatro mas sim como lugar santo. Nós já temos muitos teatros no mundo nós não precisamos de mais um na casa de Deus.

Temos que ter o cuidado, principalmente os coreógrafos, de não passar a dança para os participantes como passos mecânicos que só vão ser repetidos sem aproveitar o louvor do indivíduo para com Deus. Cada pessoa louva diferente, cada pessoa tem um movimento diferente e para dança litúrgica se tem uma linguagem especifica. Não podemos trazer os passos conhecidos da dança moderna, jazz ou ballet para usar no púlpito e dizer que está louvando a Deus principalmente se o coreógrafo não for cristão, pois do contrário vamos ter mais um teatro e quando uma pessoa que nunca veio a igreja ver uma dança que ela ver na tv, ela não vai saber a diferença da dança da tv para a dança que louva a Deus. Dance para louvar a Deus sim, mas com uma verdadeira dança de louvor e adoração.

Todo ser que respira louve a Deus! Mas temos que ter certeza se estamos respirando e louvando ou somente imitando. 

Por Cecéu Kingshill